Senhoras e senhores, este é o EP de 45 R.P.M. editado pela marca “Estoril”, com a matriz “MS – 1018”, no ano de 1954, com o nome “Música Portuguesa – Belo Marques”, em que escutamos 4 interpretações de música portuguesa, executadas pela Orquestra Típica Portuguesa da Emissora Nacional, sob a direcção do maestro José Belo Marques, com a identificação “Orquestra Típica Estoril”, e os seguintes instrumentos: 1ª Flauta e Oboé / 1º e 2º Clarinete / Acordeon / Bandolim / Mandolas / Partitura / Viola / Violão baixo.
As interpretações são as seguintes, de acordo com a ordem do disco:
0:00 – Portuguesinha – Fado Canção (Ruy Furtado – H. Cofner) – MANUEL FERNANDES
2:40 – Corridinho de 1951 - Corridinho (José Gomes de Figueiredo) – ORQUESTRA TÍPICA PORTUGUESA DA EMISSORA NACIONAL (Identificação: ORQUESTRA TÍPICA ESTORIL)
5:29 – Cantigas do Rio Lima – Canções Populares (Arr. Nóbrega e Sousa) – ILDA ARTUR
8:37 – Toma Juízo – Canção Popular (João Nobre – Humberto Batalha) – ILDA ARTUR
A 3ª música deste disco obteve a seguinte instrumentação de Nóbrega e Sousa para a Orquestra Ligeira da Emissora Nacional: 1ª Trompa - 5ª / 1º Clarinete / 1º Flauta / 1º Oboé / 1º Saxofone Contralto / 1º Trombeta / 1º Trombone / 1º Violino A.B.C. / 2ª - Trompa - 6ª / 2º Saxofone Tenor / 2º Trombeta / 2º Trombone / 3º Trombeta / 3º Trombone / 4º Saxofone Tenor / Alto / Bateria de jazz / Contrabaixo / Partitura / Piano / Violoncelo.
A 4ª música obteve a seguinte instrumentação de João Nobre, o autor da música, também para a Orquestra Ligeira: 1ª - Trompa - 5º / 1º Clarinete / 1º Fagote / 1º Flauta / 1º Oboé / 1º Saxofone contralto / 1º Trombeta / 1º Trombone / 1º Violino A.B.C. / 2º Saxofone Tenor / 2º Trombeta / 2º Trombone / 3º Trombeta / 4º Saxofone Tenor / Alto / Bateria de jazz / Contrabaixo / Partitura / Piano / Violoncelo.
Eis as palavras de Belo Marques, escritas no verso do disco: «Para a divulgação da música popular da nossa terra - quer de carácter folclórico, das romarias onde se canta e dança num rodopiar de alegria, quer na canção ligeira de linguagem puramente citadina e de ficção musical, e mesmo até o fado, onde "A Rosa Maria da Rua do Capelão parece que tem virtude quando passa a procissão", com guitarras que tangem baixinho por capricho do destino... A ESTORIL, NO DESEJO DE MELHOR SERVIR REUNIU EM MICROGRAVAÇÃO 45 R.P.M. (LONGA DURAÇÃO)».
Eis também as palavras de Belo Marques em respeito à música ligeira, de acordo com a entrevista que deu a Fernando Dacosta: «Enquanto os meus filhos e a minha família precisavam de mim, tive de me sujeitar e e fazer musica para poder comer. Hoje, que a minha vida está mais ou menos, quero aproveitar o tempo que me resta para fazer alguma coisa de melhor, porque a música ligeira, não tem interesse, é apenas música de ocasião. (...) Aquilo a que chamamos canção ligeira não passa, quanto a mim, duma melodia acompanhada com efeitos harmónicos espampanantes […] muitos têm de fazer obra inferior para sobreviver, como aconteceu comigo».
Eis a opinião de Fernando Lopes Graça, em respeito a composições como estas, embora não escondesse a sua admiração pelo talento de Belo Marques: «Rotular pomposamente de “música portuguesa” e, pior do que isso, sancionar oficialmente com tal designação todas essas cantiguinhas, marchazinhas, fadinhos e mais coisinhas muito mazinhas, que quotidianamente nos bezoiram aos ouvidos, poderá ser uma coisa muito “nacionalista”, mas nada nacional, no sentido em que o nacional se identifica com as capacidades ou traduz as virtualidades de um povo para criar valores universais ou universalizáveis».
Para o consagrado compositor, que foi dos que mais lutou para que a Liberdade regressasse a Portugal, obras como estas geraram a «enormíssima confusão, para não dizer a conscientíssima mistificação, que por aí se faz, a respeito da chamada música popular», que o próprio considera veementemente como “contrafacções criminosas da autêntica música popular».
Espero que gostem.
As interpretações são as seguintes, de acordo com a ordem do disco:
0:00 – Portuguesinha – Fado Canção (Ruy Furtado – H. Cofner) – MANUEL FERNANDES
2:40 – Corridinho de 1951 - Corridinho (José Gomes de Figueiredo) – ORQUESTRA TÍPICA PORTUGUESA DA EMISSORA NACIONAL (Identificação: ORQUESTRA TÍPICA ESTORIL)
5:29 – Cantigas do Rio Lima – Canções Populares (Arr. Nóbrega e Sousa) – ILDA ARTUR
8:37 – Toma Juízo – Canção Popular (João Nobre – Humberto Batalha) – ILDA ARTUR
A 3ª música deste disco obteve a seguinte instrumentação de Nóbrega e Sousa para a Orquestra Ligeira da Emissora Nacional: 1ª Trompa - 5ª / 1º Clarinete / 1º Flauta / 1º Oboé / 1º Saxofone Contralto / 1º Trombeta / 1º Trombone / 1º Violino A.B.C. / 2ª - Trompa - 6ª / 2º Saxofone Tenor / 2º Trombeta / 2º Trombone / 3º Trombeta / 3º Trombone / 4º Saxofone Tenor / Alto / Bateria de jazz / Contrabaixo / Partitura / Piano / Violoncelo.
A 4ª música obteve a seguinte instrumentação de João Nobre, o autor da música, também para a Orquestra Ligeira: 1ª - Trompa - 5º / 1º Clarinete / 1º Fagote / 1º Flauta / 1º Oboé / 1º Saxofone contralto / 1º Trombeta / 1º Trombone / 1º Violino A.B.C. / 2º Saxofone Tenor / 2º Trombeta / 2º Trombone / 3º Trombeta / 4º Saxofone Tenor / Alto / Bateria de jazz / Contrabaixo / Partitura / Piano / Violoncelo.
Eis as palavras de Belo Marques, escritas no verso do disco: «Para a divulgação da música popular da nossa terra - quer de carácter folclórico, das romarias onde se canta e dança num rodopiar de alegria, quer na canção ligeira de linguagem puramente citadina e de ficção musical, e mesmo até o fado, onde "A Rosa Maria da Rua do Capelão parece que tem virtude quando passa a procissão", com guitarras que tangem baixinho por capricho do destino... A ESTORIL, NO DESEJO DE MELHOR SERVIR REUNIU EM MICROGRAVAÇÃO 45 R.P.M. (LONGA DURAÇÃO)».
Eis também as palavras de Belo Marques em respeito à música ligeira, de acordo com a entrevista que deu a Fernando Dacosta: «Enquanto os meus filhos e a minha família precisavam de mim, tive de me sujeitar e e fazer musica para poder comer. Hoje, que a minha vida está mais ou menos, quero aproveitar o tempo que me resta para fazer alguma coisa de melhor, porque a música ligeira, não tem interesse, é apenas música de ocasião. (...) Aquilo a que chamamos canção ligeira não passa, quanto a mim, duma melodia acompanhada com efeitos harmónicos espampanantes […] muitos têm de fazer obra inferior para sobreviver, como aconteceu comigo».
Eis a opinião de Fernando Lopes Graça, em respeito a composições como estas, embora não escondesse a sua admiração pelo talento de Belo Marques: «Rotular pomposamente de “música portuguesa” e, pior do que isso, sancionar oficialmente com tal designação todas essas cantiguinhas, marchazinhas, fadinhos e mais coisinhas muito mazinhas, que quotidianamente nos bezoiram aos ouvidos, poderá ser uma coisa muito “nacionalista”, mas nada nacional, no sentido em que o nacional se identifica com as capacidades ou traduz as virtualidades de um povo para criar valores universais ou universalizáveis».
Para o consagrado compositor, que foi dos que mais lutou para que a Liberdade regressasse a Portugal, obras como estas geraram a «enormíssima confusão, para não dizer a conscientíssima mistificação, que por aí se faz, a respeito da chamada música popular», que o próprio considera veementemente como “contrafacções criminosas da autêntica música popular».
Espero que gostem.
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